terça-feira, 28 de maio de 2013

Brincar é preciso! 

 

Você já ouviu falar na expressão "analfabetismo motor"? Esta expressão foi usada pelo Doutor em Educação Física Luiz Roberto Rigolin, para definir a situação de crianças que não desenvolvem as habilidades físicas durante a infância, por falta de brincadeira. É isso mesmo, pessoal! Brincar é preciso!

Leia um trecho da reportagem do professor publicada no site da Folha de São Paulo onde ele fala sobre as dificuldades atuais da educação motora:
  • Folha - Nunca se falou tanto de atividade física, mas as crianças estão cada vez mais sedentárias. O que acontece?
  • Luiz Roberto Rigolin - A prática de exercícios resulta do desenvolvimento motor, processo que começa desde que a criança nasce. Ela precisa experimentar todas as possibilidades de movimento para desenvolver habilidades físicas. Hoje tem menos oportunidade de fazer isso. Estamos criando uma geração de analfabetos motores.
  • Folha - Como chegamos a isso?
  • Luiz Roberto - Começa pela reclusão urbana. A grande preocupação dos pais é com a segurança. Têm medo de soltar o bebê, ele pode se machucar. Quando o filho começa a crescer, não pode brincar na rua, por causa do risco de assalto... O outro elemento é a tecnologia. Com os brinquedos tecnológicos a criança desenvolve várias habilidades cognitivas, sem dúvida, mas muito pouco da parte motora. E as escolas também não querem ter problemas com pais preocupados em proteger os filhos, então dão poucas opções para a criança experimentar seu corpo de forma mais solta, quando o risco de se machucar é maior.
  • Folha - A educação motora inclui "esfolar" o joelho às vezes?
  • Luiz Roberto - Sim, isso é fundamental, mas também é natural o adulto querer ajudar a criança para que ela não se machuque.
  • FolhaComo os pais podem ajudar?
  • Luiz Roberto - Com bebês, eles precisam estruturar a casa para deixar a criança subir no sofá, empurrar e puxar objetos etc. E precisa ter alguém acompanhando. Se é o pai, a mãe ou a babá que vai fazer isso, não importa, o que interessa é que a criança tenha oportunidade de experimentar. Depois, dos três aos sete anos, os pais podem fazer com que a criança adquira o gosto pela atividade física. Isso não é feito só em casa, inclui a escola, o parque, a rua.

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário